Sobre o teatro, Aristóteles afirmava: “no teatro experimentamos
sentimentos e aprendemos”. E o Papa João Paulo II, que será beatificado no próximo dia primeiro, disse em certa ocasião: “São precisos peritos em humanidades”. Assim, tal como o teatro, a leitura de um clássico é como um laboratório de humanidades: conhecemos experiências de vida, algumas fracassadas, outras bem sucedidas, mas que nos avisam e evitam que “entremos numa fria”. Através dos personagens de um bom livro, por exemplo, conhecemos sentimentos, temperamentos e atitudes, e com isso aprendemos a compreender mais as pessoas. E dessa forma nos humanizamos, educamos nossos sentimentos. Como resultado, a boa leitura amadurece, nos torna homens e mulheres no sentido pleno e por antecipação.
Aprende-se a gostar de ler lendo. Quanto mais lermos, mais vamos gostar de ler, até chegarmos a um verdadeiro apaixonamento pela leitura. Convém começar por livros cuja temática seja pessoalmente atraente e leve, e, aos poucos, ir aumentando a “densidade” do livro. Mas não devemos pretender quantidade em detrimento da qualidade e da profundidade. Quem lê muito e rapidamente, de ordinário, lê superficialmente. Balmes dizia isso muito graficamente: “a leitura é como o alimento; o proveito não está na proporção do que se come, mas do que se digere. A leitura deve ser pausada, atenta, reflexiva; convêm suspendê-la com freqüência, para meditar sobre o que se lê; assim, vai-se convertendo em substância própria a substância do autor e se exerce com o entendimento um ato semelhante com as funções nutritivas do corpo”.
Assim, a leitura é o alimento do nosso entendimento. Veja um listão de clássicos obrigatórios no blog Depósito de Idéias
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